sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Pro Obama gatão.

 "Todo seu", Muriel responde ao educado entrevistador
Apenas porque o convite foi para chegar antes e mesmo se fosse de helicóptero iriam buscá-lo; educadamente, é claro. Muriel é uma espiã secreta top A: não poderia ser diferente, o frete pra ela seria grátis, de onde quer que ela estivesse. Ela, como Tom Cruise naquele filme de 2003, detém segredados poderes do verdadeiro governo sobre a população na manga, capaz de reestruturar o arranjo de casas e de meios de produção, ora centralizados num sentido elitista, ora concentrados para os fins do modo de produção específico que se reproduz e assenhora-se da necessidade e da escala dos aglomerados sóciodemográficos, autonomizando sua existência de sua funcionalidade autônoma, regulada pelo potencial capitalista das riquezas sociais - e Muriel pixava nos muros que nem sempre as coisas tinham sido elitistas e individualistas, mas também nunca tinham sido tão cômodas, amenas e avançadas para aqueles que souberam manter-se proprietários ou controladores. Ela estava obrigada a cumprir o protocolo de amizade brasileira e aparecer no programa de televisão só depois de ter-lhe sido servido copos de vinho, charutos, cachimbos, só para experimentar e fazê-la sentir-se à vontade. Uma boa hora de conversa antecedeu a entrada ao vivo e Muriel passou-as observando os gestos e associando fraternalmente as pessoas às idéias de que dispunha havia mais de quarenta anos de espionagem secreta top A. Ela até mesmo beliscou do guisado que a Ana Maria Braga tinha deixado pra eles. Muriel não estudou na Rússia, como erroneamente pode um apressadinho crer, mas namorou uma moça russa em sua temporada em Paris (quando foi a museus e monumentos; gostou dos primeiros e achou os segundos muito congestionados e absolutamente poluídos; e achou a perestróica engraçada e muito reacionária, parecendo até uma theca meio traumatizada. Ela não queria lembrar-se dos bolcheviques nem pra falar mal). A propósito, Muriel gostaria que ficasse registrado na crônica memorialista, e triunfalista, das oligarquias dos meios de comunicação - e que a República Mercantil Universal dos fundos não consiga extraditá-las para outra atividade nem vir a retirar poder do conselho de acionistas! - que concorda com a minissérie atual O Brado Retumbante: realmente os homens são um problema moral e, sim, o Quarto Poder tem poder efetivo na Nova República. Enfim, respondeu ao apresentador que só ele mesmo poderia perguntar-lhe tão educadamente sobre a morte de um sobrinho seu e deixá-la tão à vontade para responder. Ele tinha AIDS e era foda viver com aquilo. Então, resolveu transformar-se num espião autobot top A e continuar a viver. Isto foi por volta de 2002. Armaduras e armas não-letais era seu lema. FIM.

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