sexta-feira, 29 de abril de 2011

Conto

"Meu Pai trouxe os negros da África para que fossem meus escravos. Homens negros, com bundas arredondadas, carnudas, arrebitadas e cus dóceis, para eu lamber e enfiar os dedos, as mãos, enfiar a minha mão e mostrar que são minhas marionetes. Alisar sua coluna por dentro, porque a mim pertencem, por desejo de meu Pai.
A subraça tem paus enormes, grossos e grandes, que molem são bons para chupar, duros são bons para chupar, para engatar no meu rabo."
Isso eu dizia a ele, porque me pediu que lhe contasse da minha tara. Encontrei com ele na rua; deixou seu colega no quartel, deu uma volta no quarteirão, disse que não podia me dar carona na viatura, se alguém visse. "Foda-se".
Fomos para minha casa, a farda dele estava tão justinha ao corpo, ao seu corpo negro. "Por que tenho vontade de me ajoelhar aos teus pés?", perguntou. Começou a chorar, eu o empurrei para trás. "Comigo, aqui, tu ris ou cala-te".
Chupou meu pau e sua farda foi ficando cada vez mais justa. Ele cresceu centímetros, ficou enorme. Olhava para seu próprio corpo e pensava, "não era assim tão musculoso". Quando colocou o pau pra fora, era do tamanho que eu queria, tão grande, tão roliço, que para endurecê-lo seu coração bateu como nunca, bombeando sangue, deixou-o tonto. Quase caiu pra trás, mas envergou-se para frente e, reverenciando-me, disse obrigado. Nem precisei emendar; ele mesmo, possuído, completou: "Diabo".
"Sem tirar a farda. Gosto de símbolos de poder." Engoli até a garganta, habilmente, gemendo. Ele era branco, de olhos azuis. Virei um cachorro e ele também. Veio por cima, meteu devagarinho e, depois, com força. "Está tão bom". Durava já meia hora. "Por que não gozamos?" "Porque eu não quero". Começamos a conversar. Acendi um Marlboro. "A PM escolhe seus soldados de acordo com o fenótipo da raça dominante. Tu és um achado, perfeitamente submisso, obediente, do espírito à carne. Meu pai trouxe peças brancas também para cá".
Eu o chupava, fumava no seu pau, lambia as bolas, explicava. Então, permite que ele gozasse. Foram jatos e jatos, a cada vez e outra que eu dizia "de novo". Gritava de prazer; de perversidade, não deixava que o seu orgasmo passasse. Que durasse até ele agradecer ao Diabo. Montei nele, que continuava ejaculando; rebolava, sentia lá no fundo, o seu pau enorme, pulsando. Desesperado, me colocou de quatro e socou, socou, na esperança de passar a onda de prazer. Achei aquilo delicioso, a sua burrice. Tão estúpido, iria ter um infarte em breve; de repente, lembrou-se. Disse e gozamos. Ele bebeu minha porra e adormeceu no caminho de volta à Viatura.

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